sábado, 4 de julho de 2020

UM CONCEITO DE CLASSICISMO

Percebi que pela primeira semana eu acabei não colocando nada aqui no dia "combinado". Até tinha textos prontos, como o que vai seguir essa introdução, mas não tive tempo, realmente de vir aqui fazer a postagem. Estou na última semana de um dos últimos semestres da faculdade, então vocês podem imaginar que as coisas andam um pouco corridas. Enfim, para não deixar a semana em branco, vou publicar um dos trabalhos que fiz para a disciplina de História da Arte, onde analiso o capítulo Um Conceito de Classicismo, de Anatol Rosenfeld e J. Guinsburg, fazendo uma síntese da ideia dos autores sobre as principais características que definem a arte. Lembrando que não temos aqui uma definição de Classicismo, e sim a exemplificação de suas características principais. Espero que estejam todos bem, e Vrindecrivo!

O classicismo é definido pelos autores de diversas maneiras, e no capítulo temos a apresentação de diferentes características e singularidades. Primeiro, temos uma visão geral e um aspecto histórico da definição da própria palavra “classe”, depois um passeio pelas características e uma breve explicação de cada uma delas.
Inicialmente, a arte clássica pode ser identificada como a que segue “preceitos modelares”, baseados de uma fase da arte grega, resgatando as ideias e os padrões. Essa fase aconteceu principalmente no Renascimento.
Outra característica apresentada é a de que o classicismo é o domínio do diurno, ou seja, busca uma clareza e uma racionalidade. “[...] elementos como o equilíbrio, a ordem, a harmonia, a objetividade, a ponderação, a proporção, a serenidade, a disciplina, o desenho sapiente, o caráter apolíneo, secular, lúcido e luminoso.” (pg.374). Diz que numa obra de arte clássica, o que há é a “[...] imitação da natureza e, imitando-a, imita seu concerto harmônico, sua racionalidade profunda, as leis do univeso.” (pg.374). Podemos dizer de uma “busca pela perfeição”.
Também há um dos aspectos que mais chama atenção: a impessoalidade transmitida na obra. O valor da obra é o que ela transmite por si só, não o que ela diz do seu autor, portanto ele foge das subjetividades e de quaisquer manifestações, e, segundo os autores, “desaparece por trás da obra”.
Há também a rígida separação das artes, elas não se confundem, cada uma obedecendo às suas próprias regras e moldes pré-estabelecidos. Os autores ainda apontam que as obras poderiam perder o valor que poderiam alcançar, caso confundam essas artes, não seguindo as regras específicas de cada uma.
A próxima característica apontada é a “lei da tipificação” que diz que a arte clássica não individualiza, não se caracteriza por diferenciações, e o objetivo é sempre a chegada ao geral ou típico.
Além da separação das artes anteriormente citada, há também a separação dos estilos. Buscando clareza e regularidade, cada estilo deve seguir padrões próprios para se autoafirmar e se caracterizar como o mesmo.
Por fim, os autores apontam que “[...] o valor estético reside na obra, e somente nela.” (pg.375). Uma obra deve falar por si e fazer valer-se esteticamente, além de ser bonita, ter uma natureza didática. Quanto mais uma obra colaborar para o conhecimento e aperfeiçoamento do gênero humano, mais ela será bem realizada.
São essas as principais características do classicismo apontadas por Anatol Rosenfeld e J. Guinsburg no capítulo “um conceito de classicismo”.
(IMAGEM: O Nascimento de Vênus (1484-1486), de Sandro Botticelli - Acesso em https://static.todamateria.com.br/upload/ve/nu/venusclassicismo.jpg)

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