segunda-feira, 28 de novembro de 2022

COR DA MATA

Meu primo Felipy e eu compusemos COR DA MATA em 2016. O contexto era de um criminoso que exaltava o nome de um torturador, em pleno Congresso Nacional, e não saia de lá algemado.

Nós éramos jovens, mas inteligentes o suficiente para percebermos a evidente ascensão do fascismo. COR DA MATA nasceu instantaneamente, tanto a letra quanto a melodia. Seu caráter político é quase explícito, e ainda brincávamos: "ainda bem que não vamos precisar maquiar muito, pois a censura AINDA não voltou".

A verdade é que me sinto orgulhoso de escrever História do Tempo Presente, e de que meus camaradas entendem a importância de registrar e musicar a nossa luta. O Felipy e eu sequer imaginávamos o horror que estava por vir, e tantas mortes que a extrema direita, de novo, causaria. Mas sabíamos que o perigo era exatamente esse!

Mesmo que esse ano tenhamos tido uma vitória, e tenhamos conseguido tirar o Mal do cargo de presidente, o fantasma (ou bruxa) da Ditadura Civil-Militar não acabou. Ressuscita o tempo todo, em cada grito golpista na frente de quartéis ou em bloqueios de estradas.

COR DA MATA, infelizmente, sempre será necessária. Ainda que seja só pra lembrar quem nós somos e contra o que lutamos.

"Na mata verde-azul-dourada, corre a ave avermelhada" ...

Semana passada, finalmente o CORDAS E RIMAS trouxe COR DA MATA à vida, em todas as plataformas digitais. Se você que está lendo quiser ouvir, e, principalmente, ajudar a divulgar e espalhar nossa luta, eu agradeço muito! O link para as plataformas digitais está aqui: https://linktr.ee/SingleCordaseRimas.

FOTO: Rudimar Narciso Cipriani/Acervo Pessoal (Acesso em: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2021/10/27/aves-possuem-percepcao-diferente-do-tempo-e-tambem-das-cores.ghtml)

AUTOCRÍTICA

Eu não faço ideia se procede, mas na manhã deste quente sábado litorâneo, acordei por acaso, tendo que ligar o celular às pressas (sim, durm...