segunda-feira, 15 de abril de 2019

AURORA

Estudando a vida
Nossa origem é nós
A estrada e o Nada
Flocos e girassóis

A arte tropicalista
No poema, na roda
Na tinta, na essência
No amor dessa artista

Os lagos se encontram
Nos perdemos no chão
Meio desligados
O tempo cai do colchão

Da estrada que guia
Oração, atenção!
E nessa nova velha poesia:
Explosão, compreensão!

E na história há sempre um novo ser
E na história há sempre um reviver

Um café com sorvete
Nessa herança que é bela
Nessa dança sincera
Nesse olhar que vem dela

Quintana queria
Uma nova poesia
Aurora surgia
Aos poucos, sorria

E ria, e cantava
Vivendo, lutava
E pra ela, o Nada
Que por nós se bastava

 

AURORA, por Cattulo, 10/4/2019.


(Fotografia: Rodrigues 2019 - Todos os Direitos Reservados - Rima Edições Líteromusicais)

SALA ROSADA

Chão, colchão

Choveu no chão

E na capital eu achava tudo banal

 

Chão, colchão

Choveu no chão
Quintana queria
Uma nova poesia

Chão, colchão
Choveu no chão
Na casa rosada
Encontrei minha amada

E na história há sempre um reviver
E na história há sempre um novo ser

Que pensa
Que age
Que sonha com o amanhã!

Que canta, que dança
E alegre sorri
E ri!
E grita, e ama
E chama você

E cala, e fala
O eterno adormecer

Que congela e se esgoela
O momento, o turbilhão
Oração (Atenção!)
Que mente e desmente
A cada apagar

Que seca a chuva
Da sala de estar

 

SALA ROSADA, 22/3/2019.

(Pintura: Rodrigues 2019 - Todos os Direitos Reservados - Rima Edições Líteromusicais)

AURORA

Está comigo
Aurora aqui permanece
Penhora seu sentir, chora
Lamenta o lamento, lamenta o nada
Chora o ser, chora a essência
Nada não a fez
Nada não forjou, não surgiu
Nada existia sempre
E vive, e assim nos escombros não se assusta
Sente o que difere, o que deve
Permanece, alimenta-se vagando
Silente, vela Aurora
Na esperança e do caminho
Onde o nada diz nada
E a espera se faz nada
E o nada se faz Aurora.

 

30/3/2019 – 00h30min.

(FOTO: Arquivo Pessoal - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - Rima Edições Líteromusicais)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

OLHAR VIAJANTE

HOJE NÃO SABIA NADA

HOJE NÃO IA ME VER

HOJE EU OLHO PRA ESTRADA

HOJE AO ENTARDECER

 

OLHO E NÃO LIGAVA NADA

ANTES NÃO VOU COMPREENDER

QUASE QUE EU PERCO A ESTRADA

DE HOJE TER, OLHAR E SER

 

PENSO NÃO SABIA NADA

AO TER TAL PERCEPÇÃO

E SOMENTE COM A ESTRADA

A EXPLOSIVA COMPREENSÃO

 

OLHO E VEJO QUASE NADA

E ME APERTA O CORAÇÃO

OU SERÁ QUE NESSA ESTRADA

É TERNA A CARGA DO VÃO?

 

DE IMPROVISO N'ÁGUA NADA

COM OLHAR E AFEIÇÃO

E É SÓ DEIXAR QUE A ESTRADA

GUIE PARA A IMENSIDÃO

 

ONTEM JÁ NÃO POSSO NADA

ONTEM NÃO VOU SÓ ME VER

ONTEM TODA A MINHA ESTRADA

ONTEM VAI AMANHECER

 

OLHAR VIAJANTE, por Cattulo em 10/01/2019.


(Desenho: Rodrigues 2019 - Todos os Direitos Reservados - Rima Edições Líteromusicais)

AUTOCRÍTICA

Eu não faço ideia se procede, mas na manhã deste quente sábado litorâneo, acordei por acaso, tendo que ligar o celular às pressas (sim, durm...