Durante a campanha política (de ambos os
lados), li coisas como: "a arte em Osório se faz no espaço tal, no centro
tal, na igreja tal e nas escolas de dança" - nunca nada sobre a Rima. -
Dentro da UFRGS, lá por março ou abril, ouvi de uma professora: "mande um
abraço pro teu pai, faz tempo que não nos vemos, mas acompanho o trabalho dele
e o admiro muito por ele ter MUSICALIZADO UMA REGIÃO INTEIRA". Dá pra
entender? O reconhecimento vem de fora! Daí eu estava com aquela ideia fixa de
dar pra Osório o mesmo valor que ela nos dá, ou seja, nenhum. MAS DAÍ,
conversando com pessoas maravilhosas, me fiz entender que a arte fala mais
alto. Tenho certeza que todos que fazem a arte pela verdade, pela essência e
pelo amor acabam se encontrando. Então, é só deixar passar! Nos impediram de realizar
nosso festival? Sem problemas, a gente toca no boteco! Não querem o nome da
Rima em nada? Sem problemas, o que a gente marca na vida de cada aluno é o que
importa! Os projetos que valem a pena, vão pra frente, os que nascem da
ganância e da inveja, logo morrem. Então, a todos os Ozorianos como eu, que
adoram Ozoriar, podem ter certeza que onde estiverem fazendo arte com amor e
com verdade, eu estarei para aplaudi-los e assisti-los, assim como vocês
estarão comigo! E, querida Oz, vai um pedido de desculpas, daqui de Porto
Alegre eu acabei te esquecendo, e achando que teus ventos eram só
desagregadores. Bobagem minha, as melhores pessoas do mundo, conheci aí. Amigos
de verdade, unidos!
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
OS VENTOS VERDADEIROS DE OZ
sábado, 20 de agosto de 2016
MOENDA DA CANÇÃO
Festival é festival, mas a Moenda tem
alguma coisa que ainda não foi explicada por nenhum poeta. A primeira que
assisti foi em 1999, na 13ª edição. Lembro que Ivânia Catarina e Carlos Gomes
me emocionaram com “Lágrima”, que acabou em segundo lugar - não esqueço do meu
pai aos gritos: primeiro! Primeiro! - Já no ano 2000, 14ª Moenda, tive minha
primeira emoção: a música do meu pai “Canção de Nimar” passou para a
finalíssima apesar de problemas na apresentação classificatória. Em 2001 cantei
junto com o ginásio inteiro “Me joga na parede, me chama de lagartixa”,
primeira vez que Zé Alexandre vinha para o festival. No mesmo ano, me indignei
muito com a desclassificação da “A volta do boto” dos meus amigos Daniel Maiba
e Marcelo Maresia. Em 2002, uma das minhas grandes decepções: como “A Moenda e
o tempo” não venceu aquela edição? Foi um erro reparado anos mais tarde, pois
em 2006, na edição comemorativa, o primeiro lugar para a música do meu
professor Mário Tressoldi chegou.
Foi
na Moenda que assisti Moraes Moreira, Ed Motta, Zeca Baleiro, Zé Ramalho,
Kleiton e Kledir, Tangos e Tragédias, entre outros shows maravilhosos. Foi na
Moenda que tirei foto com o Caprichoso e com o Contrário, no ano que o grupo
Encanto Vermelho do Amazonas veio fazer o show de sábado. Foi na Moenda que ri,
me emocionei e aplaudi Adriana Marques pela última vez. Foi na Moenda que dei
um último abraço em Carlos Garofali, também. Foi na Moenda que coloquei a minha
parceira Brenda Netto para ser a única cantora aplaudida de pé por todo o
ginásio interpretando “Redescobrir”, arrancando lágrimas sinceras de tanta
gente, numa linda homenagem pra Elis Regina. Foi na Moenda que vi o Bilora de
perto e conheci “Contramão”. Foi na Moenda que comemorei a vitória de “Água boa
de beber” e “Reticência”... ... ...
Foi
na Moenda que estive na semana passada, pela primeira vez no palco, pela
primeira vez defendendo uma composição. A emoção de classificar para a final
foi única, e só tenho a agradecer a parceria do Marcelo Maresia e Daniel Maiba
(sempre eles), além do brilhantismo e do amor pela arte das queridas Yasmim
Frufrek e Julia Pilar, do meu pai Paulo de Campos, além dos competentes Sandro
Bonato e Mário Duleodato.
Foi tudo perfeito, e que venha a Moenda 31, em 2017!
sábado, 11 de junho de 2016
SOBRE A POLÊMICA
Rapidamente, sobre o cartaz do filme X-MEN: APOCALYPSE, que vem gerando polêmica, penso que realmente é muito chato, por problemas sociais, ter que mudar uma obra que faz sentido no seu contexto. Mas será que não é mais chato que HAJA PROBLEMAS SOCIAIS em todos os lugares? SIM, as mulheres são violentadas todos os dias e SIM, o machismo existe e impera até nas menores coisas. Óbvio que a ação do marketing do filme não tinha essa intenção, mas se o cartaz pode estimular - por mínimo que seja - a violência contra a mulher, ele é um problema sim. Então NOTA DEZ pra FOX por ter aceitado o erro e pedido desculpas. E nota zero pra quem acha que problematizar isso é perda de tempo.
(X-MEN: APOCALYPSE - 20th CENTURY FOX)
sábado, 26 de março de 2016
FAZ UM ANO, UM ANO FAZ
Esse dia veio após muitos problemas. Esse
dia foi o auge, um marco do meu trabalho. Nesse dia eu descobri que eu também
era um artista, que o meu lugar também era no palco. Nesse dia o
CORDAS&RIMAS nasceu de verdade, mesmo que já estivéssemos há alguns anos
fazendo shows por aí. Nesse dia o meu nome foi atrelado ao do Cordas&Rimas assim
como o do meu pai tinha sido há mais de trinta anos. Nesse dia e com o CD, nós
gastamos quase quarenta mil reais. A RIMA nos proporcionou isso.
Mais do que um show de lançamento, foi um show de afirmação. Afirmação do que
eu acredito e do que eu sou. Esse dia valeu por muitos. Esse dia vai continuar
valendo mesmo que tudo mude, pois a nossa vida não é feita de fases, não, ela é
feita de realizações. E quem sabe valorizar essas realizações é que é feliz de
verdade. Parabéns Cordas&Rimas! Parabéns Rima! Parabéns pra mim, pro meu
pai e pra minha mãe! Um ano do espetáculo lindo (que foi só a casca) mas do
espetáculo verdadeiro que foi a nossa realização.
Quem viu o resultado e se emocionou, viu na verdade só parte do que estava
acontecendo. Ninguém sentiu o que nós sentimos. O poder da RIMA está além.
Obrigado a todos que participaram! Obrigado a todos que assistiram e
proporcionaram tudo que aconteceu! E que o lançamento do próximo seja ainda
mais bonito!
(Arquivo das Academias de Música Rima-Aperfeiçoamento - Foto Gabriel Ferreira)
quinta-feira, 3 de março de 2016
APÓS O SHOW MÁGICO DOS ROLLING STONES
O maior banho de chuva da minha vida vai
ser eterno. Jamais esquecerei a noite de ontem no Beira-Rio. Foi indescritível,
ou como diria o rei Mick Jagger no seu português quase perfeito:
"IMPRONUNCIÁVEL" a emoção que aqueles quatro velhinhos proporcionaram
pra mim e pra todos os outros quase 50 mil gaúchos. "TRI FODA",
mesmo, Mick... Tu e a tua "GURIZADA" conseguiram contagiar o nosso
coração com a juventude eterna de vocês! Eu agradeço imensamente a oportunidade
de vê-los vivos e energizados como quando tinham vinte anos. Keith Richards e
Ron Wood: mais duas lendas da guitarra que tive o prazer de ver ao vivo. E
Charlie Watts então? Um "lord" na bateria, com classe e jeito
inconfundível. Sem contar os músicos maravilhosos que acompanham a maior banda
de todos os tempos, completando ainda hoje uma das melhores sonoridades
possíveis! Foi demais, 02/3/16 nunca vai sair da minha memória, e vou contar
sobre ele pro resto da minha vida!
(Foto: Duda Bairros/Divulgação) |
AUTOCRÍTICA
Eu não faço ideia se procede, mas na manhã deste quente sábado litorâneo, acordei por acaso, tendo que ligar o celular às pressas (sim, durm...
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É de praxe lermos por aí (até de alguns historiadores) que a escravidão no Rio Grande do Sul foi mais amena. Ledo engano! Por aqui houve m...
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O que é Cantadores do Litoral? Quem são os Cantadores do Litoral? O que foi Cantadores do Litoral? Quem eram os Cantadores do Litoral? Quem ...