Premissa narrativa:
quarta-feira, 7 de outubro de 2020
CARLOS E DANIELA
sexta-feira, 2 de outubro de 2020
TRETA
Vou relembrar aqui uma “treta” em que me
envolvi em 2017, após ser desrespeitado, juntamente com os meus colegas, pela
organização do Festival “Litoral Canta a Tafona”, de Osório.
Divirta-se! Vrindecrivo!
Em 18/9/2017, escrevi: Por respeito à arte
sempre. Nossa grande motivação. Sobre o "Litoral Canta a Tafona":
nosso cachê foi cortado pela metade, nossa premiação foi cortada completamente,
fomos os únicos que não fomos pagos no dia do evento (e ainda estamos
esperando). Não fomos filmados. Não tinha nenhum fotógrafo lá. Não houve
nenhuma divulgação. O público? Não teria não fossem nossas famílias. Tudo isso
pra "economizar", sendo que o Festival abriu um dia inteiro inútil (o
sábado), onde não houve classificação nem premiação, só mostrou os músicos de
fora (que valem o dobro dos daqui, segundo o regulamento).
Nossa! Os defensores dos festivais, principalmente
os puxa-sacos da administração municipal e da assessora de cultura, vieram para
cima de mim. Indiretas, ofensas... Enfim, acabei respondendo, como sempre, com
textão. E olha: como eu era ponderado e educado com quem nunca me respeitou! Na
época eu tinha medo de me revoltar por achar que fosse “piazisse”, mas hoje,
desintoxicado e fora desse mundo podre dos festivais, sei que já pensava o
certo.
Um baterista imbecil falou que eu chorava
porque a minha turma e eu éramos das “categorias de base”. Um pianista idiota,
reproduziu a fala. Um compositor mau caráter, que já fizera coisas horríveis
contra a própria assessora no passado, fez coro aos xingamentos dirigidos a
mim. Já passou três anos, e eu permaneço orgulhoso nas categorias de base. Só
sairia delas se mamasse nas tetas "da panela" e fizesse mesmices sem
nenhuma contribuição artística.
Segue o texto, carregado de ironia, do
mesmo dia do anterior: Ainda sobre a Tafona, para quem não me (nos) conhece: Meu pai desde que chegou em Osório sofre
com pessoas que não gostam dele por suas posições críticas e pesadas que sempre
buscavam valorizar os músicos. Ele sempre se ferrou pra defender seus alunos e
amigos que, sem motivo nenhum, viraram-se contra ele. Sempre vieram aqui e
usaram a boca dele pra falar verdades que não tinham coragem para evitar
constrangimentos. Mesmo assim, ele continua incansável, batalhando por uma vida
cultural decente em Osório, que apesar de um potencial maravilhoso, nunca soube
se destacar culturalmente falando. Vocês não fazem a menor ideia do que ele
está fazendo nesse momento pela cidade. Todos se beneficiarão!
Enfim, quando eu falo que o “Litoral Canta
a Tafona” nos desvalorizou, é porque nos desvalorizou mesmo. Sim, seria melhor
que não houvesse, se fosse para ser como foi. A diferença é que eu falo para as
pessoas certas, e se não há solução, falo publicamente mesmo, buscando única e
exclusivamente a correção desses problemas para as próximas edições. Respeito
todo mundo, e não acho que vão haver retaliações para com o meu trabalho pois
todo mundo é profissional, e acima de tudo todo mundo é amigo, ou deveria ser.
Eu prefiro ser autêntico e buscar o
respeito do que, por exemplo, ficar indignado e soltar um palavrão quando
“perco” um festival para um conterrâneo. Eu prefiro ser autêntico do que ficar
falando mal da organização nos próprios bastidores e depois rasgar elogios no
Facebook. Eu prefiro ser autêntico do que renegar e tirar do meu currículo um
grupo do qual participei e ajudou a me alavancar para o sucesso. Enfim, eu
prefiro ser autêntico, respeitando as diferenças, e buscando REPEITO para com o
meu trabalho. Se eu sou desrespeitado como fui na semana passada, vou lutar.
Esse é o meu recado.
Meu pai foi um dos pioneiros desse
movimento, ele musicalizou uma região (palavras de uma professora minha da
UFRGS), lutou e continua lutando pela arte e pelo sucesso dos seus “guris” e
“gurias”. É muito ruim vê-lo triste e indignado, sentindo-se traído e renegado
por quem ele sempre amou e, principalmente, ajudou a crescer, elevando os
tantos talentos que existem na região.
Minha crítica NUNCA foi à assessora de
Cultura Adriana Sperandir, que aproveito aqui para também parabenizar, pois com
certeza, sem ela e seu esforço, a Tafona teria morrido. Minha crítica é e
continua sendo para os próprios músicos que se desvalorizam, e para um
regulamento que desqualifica o trabalho da região e dos artistas iniciantes.
Enfim, eu sou um dos maiores entusiastas
da união dos artistas e a arte pela arte! Eu acredito que a UNIÃO seja o
princípio básico para todos nós. E isso eu aprendi com o meu pai! Durmo muito
tranquilo sabendo que é verdade, pois ensino isso e consigo passar para os meus
alunos, o que me dá muito orgulho! Vamos nos unir de verdade, pessoal! Criticar
sem perder amizades! Debater sem brigar! Não há nada melhor do que isso!
AUTOCRÍTICA
Eu não faço ideia se procede, mas na manhã deste quente sábado litorâneo, acordei por acaso, tendo que ligar o celular às pressas (sim, durm...
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É de praxe lermos por aí (até de alguns historiadores) que a escravidão no Rio Grande do Sul foi mais amena. Ledo engano! Por aqui houve m...
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