Confesso que como escrevi três dias
seguidos na semana passada, achei que iria fechar os sete inteiros. Mas na
verdade, cumpri minha meta de publicação de terça para quarta e acabei deixando
pra lá nos outros. Aí só estou aqui novamente, hoje, já no final da outra
terça-feira, para não deixar o objetivo morrer na segunda semana.
A
procrastinação faz parte do meu ser, eu tento mudar isso de várias maneiras,
mas simplesmente não consigo - ou não conseguia, pois escrevendo aqui estou
colocando em prática uma série de novas missões e não quero me sentir mal ao
final delas - sem um empurrão de força maior.
Li
recentemente (na busca por explicações) um artigo chamado Procrastinação
acadêmica: um estudo exploratório, de autoria de Rita Karina Nobre Sampaio e
Isabel Cristina Dib Bariani, da UNICAMP, e percebi que: primeiro, poderia estar
lendo os textos atrasados da faculdade no lugar daquele artigo, mas isso não
vem ao caso agora; depois, que a relação da procrastinação com a ansiedade não
é mera coincidência, e pude assim me compreender um pouco melhor. Elas citam um
estudo de Rachel Rodrigues Kerbauy de 1997 que compara diretamente os
sentimentos procrastinatórios com o "sentir-se mal" da ansiedade.
É
da própria Kerbauy uma das primeiras definições que encontramos ao
pesquisar procrastinação no Google: Procrastinar é o
comportamento de se adiar tarefas, de se transferir atividades para “o dia
seguinte”, deixar de fazer algo ou até interromper o que deveria ser concluído
dentro de um prazo determinado (Kerbauy, 1997).
E
é exatamente isso, só que o sentimento de culpa e a insatisfação pessoal acabam
(no meu caso) tomando muito mais proporções e fazendo a situação complicar-se
ainda mais.
Sei
que está ficando muito chato, não era o objetivo trazer definições e citações
científicas para uma crônica de cotidiano, mas eu estou usando o ato de estar
escrevendo aqui como meio de entender e aprender alguma coisa com essa
situação. Por exemplo, na terapia - e ressalvo aqui que contarei a minha
experiência - a psicóloga conversava comigo servindo como uma ponte para que eu
dialogasses comigo mesmo. Me arrependo de não ter falado nas sessões sobre essa
questão que ora ponho, talvez se tivesse feito isso, não estaria aqui enchendo
a paciência de quem me lê; Outro exemplo é a minha profissão: eu aprendi muito
mais sobre música e arte dando aula do que na época em que eu era aluno, e isso
creio que aconteça com todo mundo.
Dito
isto, e para não me alongar muito, encerrarei estipulando mais metas, pois li
que esse é um dos primeiros passos para vencer este mal que me acomete. Primeira:
antes da próxima madrugada de terça pra quarta, escreverei mais uma crônica
neste espaço. Logo, provavelmente no final de semana, aparecerei por aqui de
novo; Segunda: encerrarei a semana com pelo menos dois dos quatro trabalhos que
preciso entregar no dia trinta (na outra quinta-feira) terminados; Terceira:
assistirei todas as aulas na hora em que elas são publicadas, mesmo que não
seja obrigatoriedade;
Acho
que está bom, não? Provavelmente serei sincero e contarei aqui caso não cumpra
alguma, pois mesmo tendo poucos leitores ainda, me comprometo e os respeito o
suficiente para tal.
Vrindecrivo!
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