quarta-feira, 22 de abril de 2020

PROCRASTINAÇÃO

Confesso que como escrevi três dias seguidos na semana passada, achei que iria fechar os sete inteiros. Mas na verdade, cumpri minha meta de publicação de terça para quarta e acabei deixando pra lá nos outros. Aí só estou aqui novamente, hoje, já no final da outra terça-feira, para não deixar o objetivo morrer na segunda semana.

A procrastinação faz parte do meu ser, eu tento mudar isso de várias maneiras, mas simplesmente não consigo - ou não conseguia, pois escrevendo aqui estou colocando em prática uma série de novas missões e não quero me sentir mal ao final delas - sem um empurrão de força maior.

Li recentemente (na busca por explicações) um artigo chamado Procrastinação acadêmica: um estudo exploratório, de autoria de Rita Karina Nobre Sampaio e Isabel Cristina Dib Bariani, da UNICAMP, e percebi que: primeiro, poderia estar lendo os textos atrasados da faculdade no lugar daquele artigo, mas isso não vem ao caso agora; depois, que a relação da procrastinação com a ansiedade não é mera coincidência, e pude assim me compreender um pouco melhor. Elas citam um estudo de Rachel Rodrigues Kerbauy de 1997 que compara diretamente os sentimentos procrastinatórios com o "sentir-se mal" da ansiedade.

É da própria Kerbauy uma das primeiras definições que encontramos ao pesquisar procrastinação no Google: Procrastinar é o comportamento de se adiar tarefas, de se transferir atividades para “o dia seguinte”, deixar de fazer algo ou até interromper o que deveria ser concluído dentro de um prazo determinado (Kerbauy, 1997).

E é exatamente isso, só que o sentimento de culpa e a insatisfação pessoal acabam (no meu caso) tomando muito mais proporções e fazendo a situação complicar-se ainda mais.

Sei que está ficando muito chato, não era o objetivo trazer definições e citações científicas para uma crônica de cotidiano, mas eu estou usando o ato de estar escrevendo aqui como meio de entender e aprender alguma coisa com essa situação. Por exemplo, na terapia - e ressalvo aqui que contarei a minha experiência - a psicóloga conversava comigo servindo como uma ponte para que eu dialogasses comigo mesmo. Me arrependo de não ter falado nas sessões sobre essa questão que ora ponho, talvez se tivesse feito isso, não estaria aqui enchendo a paciência de quem me lê; Outro exemplo é a minha profissão: eu aprendi muito mais sobre música e arte dando aula do que na época em que eu era aluno, e isso creio que aconteça com todo mundo.

Dito isto, e para não me alongar muito, encerrarei estipulando mais metas, pois li que esse é um dos primeiros passos para vencer este mal que me acomete. Primeira: antes da próxima madrugada de terça pra quarta, escreverei mais uma crônica neste espaço. Logo, provavelmente no final de semana, aparecerei por aqui de novo; Segunda: encerrarei a semana com pelo menos dois dos quatro trabalhos que preciso entregar no dia trinta (na outra quinta-feira) terminados; Terceira: assistirei todas as aulas na hora em que elas são publicadas, mesmo que não seja obrigatoriedade;

Acho que está bom, não? Provavelmente serei sincero e contarei aqui caso não cumpra alguma, pois mesmo tendo poucos leitores ainda, me comprometo e os respeito o suficiente para tal.

Vrindecrivo!

HOJE NÃO VOU COLOCAR NENHUMA FOTO, POIS GOSTARIA DE COMPLETAR A MINHA REFLEXÃO(?) COM ESTE EXCELENTE VÍDEO DO CANAL MINUTOS PSÍQUICOS. (Acesso em https://youtu.be/Mivz8Qh-DwI)

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