GRANDE ESPETÁCULO FILARMÔNICA VINHOCASA
Não tive palavras até agora, por isso o meu silêncio até
então. Enfim, que time fantástico! Que união maravilhosa e que Espetáculo
Grandioso nós realizamos JUNTOS!
Esse ano 2017 foi de muitas tristezas e muitas derrotas. O
hiato do Cordas foi uma das decisões mais difíceis que já tomei. Além disso, as
mudanças de cidade, a desvalorização do meu trabalho por outros músicos por
questões pessoais, os problemas surgindo um a um, a agonia que me fez buscar
ajuda.
Isso tudo começou a mudar em segundas-feiras de julho e
agosto. Patrick Hertzog, meu irmão, seu lindo, você nem sabe mas partiu de sua
pessoa o salvamento da minha vida. Em meio a turbulentas semanas de trabalho e
delicados finais de semana insanos, um projeto nasceu. Sem nome, sem forma, mas
com pretensão: ser o que nos representaria.
Quase que simultaneamente, recebo uma mensagem perguntando
se havia algum lugar onde o remetente dela e sua arte se encaixariam: Ezequiel
Antoni, até então um ex-aluno da Rima, apresentou-se de verdade para mim e para
o Hert e encaixou-se como uma luva na nossa ideia (que já tinha um pouco mais
de forma, mas ainda longe de qualquer definição) - e tornou-se um amigo
valoroso. Que pessoa incrível!
Aí vieram as gigs no saudoso Cultura de Boteco. A Yasmim
Frufrek, menina fantástica que vinha trabalhando comigo e que contribuiu
valorosamente para a nossa inserção no seio da cultura pop: aí estava a nossa
voz!
Depois disso veio a valorização da história e da trajetória:
Hert e eu já tocamos juntos há seis anos, mas ainda antes disso, a primeira
banda dele era com o grande baterista Tiago Camini. Chama para o time! Daí
para “convocar” seu irmão e também grande guitarrista Diego Camini, foi um
passo.
Precisamos de percussão nesse show – que agora já tomava
estrutura – “O Diego Hertzog faz! O guri é bom!”, dizia o Hert sobre seu irmão.
E, olha, com muita razão! Que musicalidade tem esse cara! E isso fez tão bem para
ele, que começou a estudar teoria musical comigo, também, além de ter se
aproximado e se tornado também um grande amigo.
A Nathália Maciel, colega do Hert, veio de Porto Alegre e
conquistou todo mundo com sua simpatia e parceria.
Marcos Purin, um amigo de longa data, esteve ao meu lado na
primeira vez que subi em um palco, quando eu tinha nove anos e era o cara certo
que eu podia chamar para coordenar os sopros. Brilhante trompetista, ainda
trouxe para o time o também brilhante e super amigável Leonardo Costa e o seu
trombone.
Foram quase quatro meses vivendo e respirando esse
Espetáculo. Mais do que isso, convivendo com essa gente magnífica. E não parou
por aí: o que seria de nós sem o Eric Colombo, pequeno grande homem que se
tornou nesse período também um dos meus melhores amigos, que nesse dia atuou
como assistente de palco, mas está sempre conosco seja no palco ou nos
bastidores. Também a Gabriela Zambrozuski que fez um trabalho incrível com as
imagens do show e também com as de divulgação, além da grande parceira e amiga
que é. O Rodrigo Fangueiro e o Rafael Oliveira, dois dos maiores técnicos de
som do estado, que fizeram milagre para nos ajudar naquele dia. A Taila Coelho
e o Júnior Ávila, recepcionistas simpáticos, competentes e lindos que
abrilhantaram o início do Espetáculo. A Giselle Frufrek que tem o poder da
palavra e do olhar calmantes, que é um porto seguro para mim em todo esse
processo da minha vida. Minha mãe Elaine, incansável, que foi a pessoa que mais
trabalhou em torno desse Espetáculo e meu pai Paulo que, como sempre, tornou
tudo possível.
Foram essas pessoas que fizeram a FILARMÔNICA VINHOCASA
acontecer. Fomos todos nós juntos que trabalhamos e fizemos (mesmo sem a
merecida estrutura), o Espetáculo mais diferenciado (como dizia o slogan de
divulgação) que essa cidade já viu.
Agradeço demais os Conselheiros Estaduais de Cultura que
estiveram presentes. Uma honra imensa! Além disso, eu posso dizer que admiro
muito o trabalho e a pessoa de cada um de vocês, pois eu adoro ouvir o que meu
pai me conta da convivência dele com vocês todas as semanas, e isso tem feito
ele e nós também muito felizes: Élvio Vargas, Erika Hanssen, Gilberto
Herschdorfer, Liana Yara Richter, Marco Aurélio Alves e Marlise Nedel Machado.
Enfim, a todos os que citei e também a todo o público
presente, amigos, família, ou simplesmente espectadores: obrigado, pessoal!
Obrigado por terem feito meu segundo semestre tão especial! Obrigado por me
darem base e apontarem uma luzinha a qual eu podia seguir. Obrigado por serem
tão incríveis e terem escrito comigo uma das páginas mais lindas da minha vida!
E o que posso dizer mais? Esse foi só o começo! Esse
Espetáculo foi o ponto inicial de um projeto que NOS REPRESENTA. O que eu
sempre quis. Quero pedir que nós estejamos sempre juntos, mesmo que não
fisicamente, mas que a lembrança desse Espetáculo e de toda a revolução que ele
proporcionou seja eterna. FILARMÔNICA VINHOCASA é a ruptura. Ruptura para
tornar-se o que se é. A arte é a arte, é a vida, é a essência e única e
exclusivamente o que nos move. Somos artistas e lutamos todos os dias pela
arte, ou seja, pela nossa própria existência. Amo o que somos, gente. Amo o que
fizemos e o que vamos fazer. Amo ser nós.
FOTOGRAFIA: GABRIELA ZAMBROZUSKI - Todos os Direitos Reservados - Rima Edições Líteromusicais
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