Percebi que pela primeira semana eu acabei não colocando nada aqui no dia "combinado". Até tinha textos prontos, como o que vai seguir essa introdução, mas não tive tempo, realmente de vir aqui fazer a postagem. Estou na última semana de um dos últimos semestres da faculdade, então vocês podem imaginar que as coisas andam um pouco corridas. Enfim, para não deixar a semana em branco, vou publicar um dos trabalhos que fiz para a disciplina de História da Arte, onde analiso o capítulo Um Conceito de Classicismo, de Anatol Rosenfeld e J. Guinsburg, fazendo uma síntese da ideia dos autores sobre as principais características que definem a arte. Lembrando que não temos aqui uma definição de Classicismo, e sim a exemplificação de suas características principais. Espero que estejam todos bem, e Vrindecrivo!
O classicismo é definido
pelos autores de diversas maneiras, e no capítulo temos a apresentação de
diferentes características e singularidades. Primeiro, temos uma visão geral e
um aspecto histórico da definição da própria palavra “classe”, depois um
passeio pelas características e uma breve explicação de cada uma delas.
Inicialmente, a arte
clássica pode ser identificada como a que segue “preceitos modelares”, baseados
de uma fase da arte grega, resgatando as ideias e os padrões. Essa fase
aconteceu principalmente no Renascimento.
Outra característica
apresentada é a de que o classicismo é o domínio do diurno, ou seja, busca uma
clareza e uma racionalidade. “[...] elementos como o equilíbrio, a ordem, a
harmonia, a objetividade, a ponderação, a proporção, a serenidade, a
disciplina, o desenho sapiente, o caráter apolíneo, secular, lúcido e
luminoso.” (pg.374). Diz que numa obra de arte clássica, o que há é a “[...]
imitação da natureza e, imitando-a, imita seu concerto harmônico, sua
racionalidade profunda, as leis do univeso.” (pg.374). Podemos dizer de uma
“busca pela perfeição”.
Também há um dos aspectos
que mais chama atenção: a impessoalidade transmitida na obra. O valor da obra é
o que ela transmite por si só, não o que ela diz do seu autor, portanto ele
foge das subjetividades e de quaisquer manifestações, e, segundo os autores,
“desaparece por trás da obra”.
Há também a rígida
separação das artes, elas não se confundem, cada uma obedecendo às suas
próprias regras e moldes pré-estabelecidos. Os autores ainda apontam que as
obras poderiam perder o valor que poderiam alcançar, caso confundam essas
artes, não seguindo as regras específicas de cada uma.
A próxima característica
apontada é a “lei da tipificação” que diz que a arte clássica não
individualiza, não se caracteriza por diferenciações, e o objetivo é sempre a
chegada ao geral ou típico.
Além da separação das
artes anteriormente citada, há também a separação dos estilos. Buscando clareza
e regularidade, cada estilo deve seguir padrões próprios para se autoafirmar e
se caracterizar como o mesmo.
Por fim, os autores
apontam que “[...] o valor estético reside na obra, e somente nela.”
(pg.375). Uma obra deve falar por si e fazer valer-se esteticamente, além
de ser bonita, ter uma natureza didática. Quanto mais uma obra colaborar para o
conhecimento e aperfeiçoamento do gênero humano, mais ela será bem realizada.
São essas as principais
características do classicismo apontadas por Anatol Rosenfeld e J. Guinsburg no
capítulo “um conceito de classicismo”.
(IMAGEM: O Nascimento de Vênus (1484-1486), de Sandro Botticelli - Acesso em https://static.todamateria.com.br/upload/ve/nu/venusclassicismo.jpg)